segunda-feira, 11 de abril de 2016

Desiste de mim

Não sei mais como começar, nos últimos tempos eu andei mergulhando em buracos negros e a cada universo uma parte de mim partia-se ao meio. O coração foi parar na prateleira e fundiu-se na utopia impressionante de verdadeiros novels, acho que foi melhor assim. Desiste de mim. Demorei para dizer em voz alta que eu sou essa síndrome do pânico que nunca vai embora e ansiedade de sempre sobre os passos serem mais longos do que sou capaz de suportar.

Queria ter dito que o passado acendeu uma luz e saiu do coma, que existe essa fusão de quem eu fui com quem sobrou de mim e que, mesmo assim, tô segurando o meu arranha-céu de alma nas costas. sem folgas. Tudo bem, vez em quando eu encontro aquela moça que queria espalhar amor pelo mundo e papéis A4 com um pedaço doce de si e sorrio.

Que loucura é essa vida, não é? Parece joão e maria, jogando migalhas no caminho para voltar correndo para casa se algo der errado, caminhando na corda bamba que é se libertar ou se aprisionar no casulo. Desiste de mim. A luz desse apartamento enfraqueceu e é preciso ir embora. É preciso ir embora, mas para onde mesmo, exatamente, eu não sei dizer.


Um comentário:

  1. Me identifiquei bastante. Quando leio "ansiedade" na parada, já sei que um pedaço de mim tá por aí. E sobre se perder... acho que devia ter dado uma de João e Maria, porque tá foda.

    beijo
    bienghellz.blogspot.com

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